Foto: Corinthians/ Facebook
Por: Alex Dinarte
Embora o momento não permita cravar o sucesso do trabalho do técnico Vítor Pereira, devido aos resultados ruins em clássicos e em alguns jogos contra adversários de camisas menos pesadas, há um fator preponderante para que o Corinthians continue batalhando pelas primeiras posições na tabela do Brasileirão. A molecada da base alvinegra se firmou no time de cima com figuras como João Victor, Raul Gustavo, Lucas Piton, Du Queiroz, Adson e Gustavo Mantuan. Além de garantirem a visibilidade profissional ao vestirem a camisa titular do Timão, hoje jogam mais bola que os medalhões do elenco e contribuem de maneira direta para a soma de 21 pontos em 11 jogos disputados.
Li no Meu Timão que, de acordo com levantamento feito pela jornalista Giovana Duarte, 12 dos 15 gols do Coringão nesta edição do Campeonato Brasileiro foram marcados pelos atletas formados nos campos do Parque São Jorge. A influência dos moleques é maior do que eu imaginava. Na verdade, havia pensado em escrever sobre a boa fase deles antes mesmo de ler a matéria e saber que o porcentual era tão elevado (80%). Desde a chegada da comissão técnica portuguesa, vejo o trabalho dos lusitanos como essencial para que o grupo de iniciantes siga subindo degraus. Não sou dos que acreditam no potencial estrangeiro tão acima dos nossos treineiros, no entanto, uma nova maneira de empenhar-se taticamente nas partidas ou nos trabalhos técnicos, apresenta diferença no atual momento e pode render para o futuro dos próprios atletas. O que hoje pode ser tida como, em média, nota 6, deve evoluir de maneira considerável em um curto espaço de tempo. A resposta vem no desempenho que dá resultado dentro e fora do gramado. Vejamos:
Apesar de uma entorse atrasar o bom entrosamento do zagueiro com a formação do time, pois já são 20 os dias fora, João Victor vem sendo sondado pelo futebol português. A bola redonda nas atuações da temporada assegurou não só a titularidade para Du Queiroz, como também chamou atenção do mercado e já deve haver algum cerco. Novas da Europa sopram que o espadaúdo Robert Renan, com apenas um jogo no profissional alvinegro, pode jogar no Velho Continente. Mesmo ainda sem alarde para negociações, o poderio decisivo de Adson e Gustavo Mantuan, a evolução tática de Lucas Piton, juntos das oportunidades para Giovane, Wesley e Felipe Augusto também são pontos a serem bem observados. Os primeiros seis meses do ano podem significar a melhor safra das categorias inferiores do Corinthians nos últimos anos. Apesar das incertezas citadas na primeira frase da coluna, um marco positivo de Vítor Pereira é a coragem em trabalhar com a base, mesmo recém-chegado ao futebol brasileiro. O ato de ajudar a desenvolver a molecada já pode ser visto como grande trunfo do atual comandante técnico do Timão.
A Fiel Torcida Corinthiana resta cobrar a diretoria de futebol do clube em relação ao bom trabalho nos trâmites. Se possível, que ela não pense apenas na parte financeira. O aspecto técnico e as aspirações do Corinthians na temporada devem ser relevantes no caso de interesse estrangeiro na próxima janela de negociações europeia. Afinal de contas, não é sempre que meninos da base têm oportunidade de amplificar o potencial em meio à disputa de competições como Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores da América vestindo a camisa do Timão. Sigamos na torcida! Vai, Corinthians!
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