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"Corinthians Feminino Impõe Vitória Convincente sobre o Bahia: Análise Crítica da Partida"




No dia 4 de maio de 2025, no estádio Alfredo Schurig, a Fazendinha, o Corinthians recebeu o Bahia pela 9ª rodada da fase de classificação do Campeonato Brasileiro Feminino. Em meio a um futebol tecnicamente pobre e amplamente questionado, as Brabas entraram em campo pressionadas por uma atuação fraca diante do Grêmio — vitória conquistada mesmo com uma adversária a menos durante boa parte do jogo. Lucas Piccinato manteve a base da última escalação na tentativa de consolidar uma equipe que ainda não convenceu, diante de um Bahia em ascensão, que faz a melhor campanha de sua história e representa com força o futebol nordestino. Enquanto isso, a torcida alvinegra, insatisfeita com o desempenho do time e da comissão técnica, protestou contra o treinador e a diretoria nas arquibancadas da Fazendinha.


Como foi o 1° tempo?

O Corinthians começou o primeiro tempo de forma surpreendentemente intensa e organizada, imprimindo ritmo alto desde os primeiros minutos. Gi Fernandes, em tarde inspirada, foi protagonista das principais ações ofensivas pelo lado direito. Logo aos 6 minutos, ela acertou um cruzamento preciso para Jhonsson, que cabeceou firme para abrir o placar. O domínio das Brabas era visível: posse de bola controlada, pressão alta e movimentação coordenada no ataque. Gabi Zanotti e Duda tentavam articular pelo meio, enquanto Jaqueline criava profundidade e variação. O segundo gol surgiu de uma roubada de bola no campo ofensivo, em jogada que passou rapidamente pelos pés de Jaqueline e terminou com mais um gol de Jhonsson, mostrando uma eficácia ofensiva que pouco se viu nas últimas partidas. Apesar de um susto pontual pelo lado esquerdo da defesa, o Corinthians mantinha o controle do jogo e limitava o Bahia a tentativas isoladas, muitas vezes explorando o espaço deixado por Thamires.


À medida que o jogo avançava, o Corinthians manteve sua superioridade com intensidade e presença constante no campo ofensivo. Ainda que tenha havido erros pontuais — como finalizações desperdiçadas e dois impedimentos duvidosos — a equipe seguiu em cima. O terceiro gol veio em jogada de escanteio bem trabalhada: Thamires encontrou Duda, que cruzou na medida para Gabi Zanotti testar com firmeza. O volume ofensivo aumentava conforme o time conseguia variar os lados de ataque, saindo um pouco da previsibilidade do setor direito. O Bahia, mesmo sufocado, resistia com uma defesa que tirava bolas praticamente de cima da linha, impedindo que o placar se tornasse uma goleada histórica ainda no primeiro tempo. Ainda assim, foi uma atuação madura e dominante das Brabas — e, surpreendentemente, bem conduzida por um Lucas Piccinato que, ao menos até aqui, demonstrava ter feito ajustes importantes. Corinthians 3x0 Bahia, fora o baile.


2° tempo

O segundo tempo começou com o Corinthians mantendo a postura ofensiva, aproveitando o bom momento coletivo e a fragilidade técnica do Bahia. Mesmo com o adversário tendo mais espaço para avançar, principalmente pelo lado direito do ataque — nas costas da Thamires —, o Corinthians seguiu controlando o jogo com transições rápidas e presença ofensiva constante. Ariel Godoy, que entrou muito bem na partida, foi premiada com um belo gol após assistência de Duda Sampaio, em jogada bem construída que mostrou inteligência e precisão no ataque. O jogo seguiu em ritmo alto por alguns minutos, com destaque para as movimentações de Jaqueline e Zanotti, e a defesa se manteve firme diante das poucas investidas perigosas do Bahia. As Brabas seguiam criando chances, mas a pontaria começou a pesar, com finalizações fracas ou precipitações que impediram um placar ainda mais elástico.


À medida que o tempo passava, o Corinthians passou a cadenciar a partida com inteligência. As jogadoras ocuparam bem os espaços, trocaram passes com paciência e neutralizaram qualquer tentativa de pressão do Bahia, que já demonstrava sinais de frustração. Aos 30 minutos, o prêmio pela superioridade tática veio com o quinto gol, marcado por Gabi Zanotti, que aproveitou o rebote de uma bomba de Ariel para finalizar com categoria — um golaço. Mesmo com as substituições e a mudança para um esquema com três zagueiras e duas alas, o time manteve a organização e o controle do meio-campo. O único erro defensivo do jogo, uma falha individual de Thais, permitiu o gol de honra do Bahia, mas não comprometeu a atuação sólida e madura da equipe. O Corinthians administrou os minutos finais sem correr riscos, fechando a partida com autoridade e, principalmente, com sinais claros de evolução tática e coletiva — algo raro nesta temporada até aqui. Corinthians 5x1 Bahia


Avaliações individuais

1 | Nicole - Partida tranquila, praticamente uma espectadora durante a maior parte do tempo. No primeiro tempo, gerou preocupação ao hesitar em uma saída dentro da pequena área — algo inadmissível para o nível que se espera dela. No segundo tempo, foi atenta, mas não teve culpa no gol sofrido. A avaliação geral é de atenção sem exigência técnica.


23 | Gi Fernandes - Fez um primeiro tempo de altíssimo nível, anulando por completo o lado esquerdo do ataque do Bahia. Criou jogadas ofensivas em conjunto com Jaqueline, resultando em assistências e gols. Sua presença técnica e física garantiu superioridade. Um dos destaques da partida.


5 | Thais Ferreira - Discreta no primeiro tempo, o que é um elogio para uma zagueira — fez seu trabalho com eficiência. No segundo tempo, foi prejudicada pela alteração tática, jogando exausta numa linha de três zagueiras. Acabou se expondo, errou posicionamento e falhou no único gol do Bahia. Uma atuação que começou sólida e terminou desgastada.


20 | Mariza - Começou com um erro de passe, mas rapidamente corrigiu. Depois disso, cumpriu bem seu papel, aparecendo quando necessário para cobrir os espaços. No segundo tempo, teve que dobrar na marcação pela esquerda para compensar a vulnerabilidade do setor. Foi eficaz na contenção e nas antecipações.


37 | Thamires - Um jogo de dois tempos distintos. No primeiro, deu espaços preocupantes e comprometeu defensivamente, mas se recuperou com boa presença ofensiva. No segundo tempo, teve participação intensa e positiva até ser substituída aos 24 minutos, mostrando sinais claros de evolução no seu desempenho recente.


31 | Dayana Rodrigues - Discreta como sempre, mas no melhor sentido possível. Cumpre seu papel tático com extrema simplicidade, permitindo que o restante do meio-campo flua com naturalidade. Sua leitura de jogo e posicionamento compensam a falta de brilho individual.


27 | Duda Sampaio - Uma das mentes pensantes do time em campo. No primeiro tempo, foi precisa nos passes e assistência. No segundo, comandou o ritmo, distribuindo com inteligência e oferecendo opções o tempo todo. Foi o cérebro do time, ainda que sem tanto protagonismo visual.


10 | Gabi Zanotti - Fez um jogo cerebral e completo. No primeiro tempo, apareceu muito para recuperar bolas e articular jogadas, culminando em um gol. No segundo, mesmo com menos participações diretas, atraiu a marcação adversária e abriu espaço para o time. Fez um golaço no rebote e manteve a régua técnica lá em cima.


30 | Jaqueline - Muito participativa nos dois tempos. No primeiro, foi peça-chave ao lado de Gi Fernandes, com assistências e movimentação inteligente. No segundo, até sair aos 34 minutos, seguiu explorando espaços e oferecendo alternativas. Uma atuação madura e decisiva.


9 | Andressa Alves - Infelizmente, sofreu uma pancada grave ainda no primeiro tempo, o que comprometeu sua performance. Permaneceu em campo no sacrifício, sem conseguir influenciar o jogo. A presença em campo foi mais simbólica do que técnica.


40 | Jhonsson - A grande artilheira do primeiro tempo. Aproveitou os espaços como mandam os manuais, foi fatal nas finalizações e mostrou que pode ser uma peça valiosa para o futuro. Atacou o espaço com inteligência e finalizou com frieza. Duas finalizações, dois gols. Letal.


21 | Paulinha - Entrou no intervalo como ala e decepcionou. Não conseguiu cumprir a função defensiva com eficiência, abrindo o setor por onde saiu o gol do Bahia. A falta de atenção posicional pesou contra e evidencia uma limitação clara no entendimento defensivo do jogo.


99 | Érika - Entrou aos 24 minutos e passou a jogar como líbero, participando da linha de três zagueiras. Com sua experiência, ajudou na saída de bola e deu tranquilidade na parte final da partida. Não comprometeu e mostrou segurança.


22 | Juliete - Entrou aos 34 minutos com vontade, mas também com imprudência. Avançou demais e deixou sua zona defensiva completamente exposta. Apesar disso, conseguiu boas jogadas ofensivas, mas precisa de mais equilíbrio entre ataque e marcação.


94 | Ariel Godoi - Entrou no intervalo com uma missão difícil: substituir uma atacante em tarde iluminada. Foi participativa, fez o seu gol, mas não conseguiu repetir a mobilidade da Jhonsson, até porque o estilo do time mudou. Lutou, correu, mas não teve o mesmo encaixe com o ritmo da segunda etapa.


77 | Carol Nogueira - Mais uma vez, entregou muita correria, pouca efetividade. Vem errando decisões que antes eram sua marca positiva. Participou bem de algumas jogadas, mas sua queda de rendimento já não passa despercebida nem para os olhos menos críticos da arquibancada.


Considerações Finais

As Brabas dominaram a partida com um desempenho seguro e eficiente, embora o Bahia tenha sido um adversário com limitações técnicas, o que permitiu ao time corinthiano fazer um jogo tranquilo. O Corinthians demonstrou inteligência ao controlar o jogo, aproveitando as fragilidades do Bahia. Mesmo com alguns deslizes defensivos pontuais, que poderiam ter sido mais explorados se o adversário tivesse maior qualidade, a vitória de 5x1 não gerou grandes preocupações. As substituições feitas pelo treinador, embora possam ser vistas como uma forma de poupar jogadoras essenciais, foram adequadas e importantes, proporcionando boas oportunidades para outras atletas se destacarem.


Ariel Godoy teve um bom início, mas se apagou ao longo do jogo, enquanto Carol Nogueira, apesar de sua intensidade, continua a enfrentar dificuldades nas decisões e precisa de ajustes para retomar o bom nível de antes. Paulinha demonstrou qualidade como lateral, mas ao atuar como ala, ficou mais lenta na defesa. A mudança para o esquema de 3 zagueiras, no entanto, criou um certo desentendimento entre as jogadoras, exigindo mais de Dayana Rodrigues, que se viu forçada a realizar passes mais complexos do que o necessário. Embora o sistema de três zagueiras tenha sido interessante, sua implementação precisa de ajustes mais finos no posicionamento das alas e do apoio ao setor defensivo. No geral, a vitória de 5x1 contra um adversário mais fraco foi positiva, mas agora o grande desafio será ver o desempenho do time em confrontos contra adversários de maior qualidade, onde o verdadeiro teste para a comissão técnica e para o treinador será medido.

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