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"Domínio e Desordem: As Brabas do Corinthians triunfam, mas a desorganização tática ameaça sua vitória"

Crítica do Jogo: Corinthians Feminino vs. Atlético-MG


No confronto entre Corinthians e Atlético-MG pelo Brasileiro Feminino de Futebol, o resultado de 3 a 1 a favor do Corinthians não reflete fielmente a complexidade da partida. Realizado em Belo Horizonte no dia 1 de maio de 2024, o jogo revelou uma série de desafios enfrentados pelas Brabas do Corinthians, apesar da vitória alcançada.


Escalação e Desempenho:


A escalação inicial do técnico Lucas Picinato apresentou uma abordagem questionável, com jogadoras sendo deslocadas para posições pouco familiares, o que gerou uma desorganização tática evidente em campo. A falta de entrosamento e coordenação foi clara, com as jogadoras lutando para se adaptar aos novos papéis atribuídos.


1° Tempo:


Durante a primeira etapa, o Corinthians encontrou dificuldades para impor seu jogo, com passes imprecisos e uma defesa vulnerável aos ataques do Atlético-MG. A ausência de um plano tático claro resultou em um jogo desarticulado, com poucas oportunidades de gol criadas e momentos de perigo em sua própria área.


2° Tempo:


Após o intervalo, o Corinthians retornou ao campo com uma abordagem renovada e mais determinada, refletida nas substituições efetuadas pelo técnico Lucas Picinato. A entrada de Paulinha na lateral direita e de Fernanda no ataque trouxe uma dinâmica mais equilibrada ao jogo, resultando em uma pressão constante sobre a defesa adversária.

Aos 11 minutos, em uma jogada de garra e determinação, o Corinthians rompeu a defesa do Atlético-MG e marcou o primeiro gol, com Vic Albuquerque mostrando sua qualidade na finalização. Poucos minutos depois, aos 13 minutos, uma jogada magistral de Duda Sampaio resultou no segundo gol das Brabas, com Vic Albuquerque ampliando sua conta pessoal na partida.

Com dois gols marcados quase em sequência, o Corinthians assumiu o controle do jogo e passou a jogar com mais confiança e autoridade. A entrada de Carol Tavares proporcionou uma maior solidez no meio-campo, contribuindo para a manutenção da posse de bola e a criação de novas oportunidades de gol.

Aos 24 minutos, Fernanda brilhou mais uma vez, recebendo um passe preciso de Vic Albuquerque e finalizando com maestria para marcar o terceiro gol do Corinthians. A partir desse momento, o jogo parecia encaminhado para uma vitória tranquila das Brabas.

No entanto, as substituições posteriores feitas pelo técnico Picinato resultaram em uma desorganização tática que ameaçou comprometer o resultado conquistado. Com a saída de Duda e Jheniffer, duas peças-chave no meio-campo, e as entradas de Yaya e Marussi, o Corinthians perdeu sua fluidez e coesão, permitindo que o Atlético-MG encontrasse brechas na defesa e marcasse seu gol de honra nos acréscimos.

Essa mudança na dinâmica do jogo evidenciou a importância de uma abordagem tática consistente e bem planejada, destacando a necessidade de equilíbrio entre a busca por gols e a solidez defensiva. Embora a vitória tenha sido conquistada, fica claro que há aspectos a serem trabalhados pela equipe técnica para garantir um desempenho mais consistente e confiável nos próximos confrontos.


Análise Geral:


Apesar da vitória, a exibição das Brabas do Corinthians foi aquém do esperado, destacando a necessidade urgente de uma revisão tática e uma abordagem mais disciplinada nos treinamentos. A falta de coordenação e coesão entre as jogadoras comprometeu o desempenho da equipe, resultando em uma partida abaixo do padrão de excelência esperado.


Avaliações Individuais:


1 Nicole: Nicole teve uma atuação destacada, realizando defesas cruciais que salvaram a equipe em momentos-chave da partida. Sua segurança e agilidade foram fundamentais para manter o Corinthians no jogo.

2 Leticia Santos: Apesar de contribuir ofensivamente, Leticia deixou espaços na defesa, comprometendo a solidez do setor.

16 Dani Arias: Dani se mostrou presente na defesa, porém sem grande qualidade nas investidas ao ataque.

6 Isabela: Jogando fora de posição, Isabela não conseguiu utilizar sua qualidade de passe, mas se mostrou sólida defensivamente.

71 Yasmim: Apoiou bastante no ataque, porém deixou espaços na defesa.

28 Ju Ferreira: Tentou distribuir o jogo, mas apresentou limitações em sua atuação.

17 Vic Albuquerque: Destaque da partida, Vic foi decisiva, marcando dois gols e sendo uma constante ameaça ao adversário.

27 Duda Sampaio: Teve momentos de destaque, mas não foi tão influente quanto poderia ter sido.

21 Paulinha: Jogando fora de sua posição habitual, Paulinha lutou, mas não teve grande efetividade.

11 Eudimilla: Apresentou muita dedicação, porém teve dificuldades em concluir as jogadas com eficiência.

9 Jheniffer: Batalhou muito, mas recebeu poucas bolas em condições de finalizar.


Substituições:

13 Carol Tavares: Entrou e contribuiu com boa marcação e solidez no meio-campo.

26 Marussi: Não teve grande impacto no jogo após sua entrada.

8 Yaya: Iniciou bem, mas acabou se perdendo na partida e deixando espaços na defesa.

22 Fernanda: Entrou com muita disposição, sendo fundamental na criação de jogadas e marcando um gol.

14 Milene: Teve poucas oportunidades para se destacar e acabou perdendo uma chance clara de gol.

Técnico Lucas Picinato: Embora tenha realizado substituições que surtiram efeito positivo, a escalação inicial questionável e a desorganização tática em certos momentos do jogo levantam dúvidas sobre suas escolhas estratégicas.


Conclusão:

Em conclusão, o resultado de 3 a 1 a favor do Corinthians contra o Atlético-MG não deve ocultar as deficiências evidenciadas pela equipe durante o jogo. À medida que a temporada avança, é crucial que o Corinthians aborde essas questões de maneira proativa, buscando aprimorar sua organização tática e fortalecer seu desempenho coletivo em campo. A vitória é um passo importante, mas o trabalho árduo e o aperfeiçoamento contínuo são fundamentais para o sucesso contínuo das Brabas do Corinthians.

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