Pré-jogo
Na tarde de 22 de setembro de 2024, o Corinthians Feminino recebeu o São Paulo no segundo jogo da final do Campeonato Brasileiro Feminino, em uma Neo Química Arena lotada e com recorde de público no futebol feminino sul-americano, mais de 44 mil pessoas. As Brabas entraram em campo com uma vantagem significativa, após vencerem o primeiro jogo no Morumbi por 3x1, e buscavam apenas consolidar o resultado para garantir mais um título. O ambiente estava tomado por expectativa e confiança, mas também pela conhecida cautela de uma final. O São Paulo precisava de uma virada histórica, e o Corinthians sabia que jogar com inteligência e controle era a chave para fechar o campeonato com mais um troféu.
Resumo do Primeiro Tempo
Nos primeiros minutos, ambas as equipes demonstraram muita cautela, estudando uma a outra e evitando erros. O Corinthians foi mais agressivo na busca pelo gol, com pressão intensa na saída de bola do São Paulo, mas pecava no último passe, o que limitava as chances claras de finalização. Enquanto isso, o São Paulo tentava apostar em bolas longas, mas sem criar grandes oportunidades. A partida seguiu sem muitos lances de perigo até os 40 minutos, quando o São Paulo teve um gol corretamente anulado por impedimento. Apesar da maior posse e controle do Corinthians, faltou precisão nas finalizações, e o primeiro tempo terminou sem gols, com a equipe adversária apresentando resistência e melhorando na reta final.
Resumo do Segundo Tempo
O segundo tempo começou com o São Paulo pressionando, buscando diminuir o prejuízo, enquanto o Corinthians aparentava dificuldade em manter a posse e organizar jogadas. No entanto, aos 19 minutos, em um raro momento de brilho, Yasmim cruzou com precisão para Vic Albuquerque, que escorou a bola para Jaqueline marcar de cabeça, abrindo o placar para o Corinthians. Após o gol, a partida ficou truncada, com muitas faltas e paralisações, principalmente após a lesão de Dani Arias. Com o jogo sob controle, as Brabas optaram por recuar e jogar no contra-ataque, segurando o ímpeto adversário. O golpe final veio aos 44 minutos, quando Gabi Zanotti deu uma assistência perfeita para Carol Nogueira, que marcou o segundo gol, selando a vitória e o título. A expulsão de Robinha por uma falta dura em Eudimilla foi um dos últimos lances da partida, garantindo um desfecho seguro para o Corinthians.
Avaliações Individuais
Nicole (01): Fez intervenções seguras e não foi exigida com defesas difíceis. Mostrou solidez em bolas cruzadas e manteve a confiança da defesa.
Isabela (06): Alternou bons e maus momentos, mas manteve a disciplina tática, compensando algumas falhas técnicas com garra.
Dani Arias (16): Segura até sua lesão aos 25 minutos do segundo tempo. Foi importante nas interceptações, mas pecou em alguns passes na saída de bola.
Mariza (20): Teve uma atuação sólida, salvando o time com um bloqueio crucial no primeiro tempo e crescendo após a entrada de Erika, impondo ainda mais segurança.
Yasmim (71): Alternou bons momentos na marcação e participação ofensiva. Seu cruzamento para o gol de Jaqueline foi um dos pontos altos da partida.
Yaya (08): Uma verdadeira formiguinha no meio-campo, com desarmes precisos e boa transição para o ataque. Foi fundamental tanto defensivamente quanto na construção das jogadas.
Vic Albuquerque (17): Não foi a mais brilhante, mas jogou com muita qualidade e constância. Fez a assistência para o primeiro gol e contribuiu no ataque e na marcação.
Duda Sampaio (27): Controlou o meio-campo com eficiência, sendo peça-chave na pressão ao São Paulo. Saiu aos 25 minutos do segundo tempo, após uma grande atuação.
Gabi Portilho (18): Lutou muito no ataque, mas teve dificuldades por estar isolada. Saiu aos 38 minutos, após uma partida de muita entrega.
Jaqueline (30): Marcou o gol que abriu o caminho para a vitória. Embora não tenha se destacado em outras jogadas, esse gol foi decisivo.
Millene (14): Como sempre, se dedicou muito defensivamente e ofensivamente. Sua participação foi mais tática do que técnica, mas importante para segurar a equipe.
Substituições:
Carol Nogueira (77): Entrou aos 20 minutos do segundo tempo e fez o gol que selou o título. Mostrou garra e um crescimento técnico notável.
Gabi Zanotti (10): A lenda. Entrou também aos 20 minutos e mudou o jogo, com passes de qualidade, incluindo a assistência perfeita para o segundo gol.
Erika (99): Entrou aos 25 minutos para dar mais segurança à defesa, e mesmo sem a intensidade de outros tempos, usou sua experiência para liderar.
Ju Ferreira (28): Garantiu maior solidez no meio-campo ao lado de Yaya, ajudando a controlar o jogo e manter a defesa segura.
Eudimilla (11): Entrou aos 38 minutos e trouxe dinamismo ao ataque, sendo alvo de uma entrada criminosa que resultou na expulsão da jogadora adversária.
Paulinha (21): Entrou aos 43 minutos e manteve o ritmo imposto por Yasmim, ajudando a consolidar o sistema defensivo.
Resumo Final
O Corinthians jogou de forma inteligente, controlando o ritmo e marcando nos momentos certos. Embora não tenha sido uma partida tecnicamente brilhante, o time se mostrou seguro e consciente da vantagem, atuando com o regulamento embaixo do braço. Com destaque para a resiliência defensiva e a força do elenco, as Brabas não deram chances reais ao São Paulo e confirmaram mais uma vez sua superioridade no cenário do futebol feminino.
Hexacampeonato
A vitória por 2x0 coroou o Corinthians como Hexacampeão Brasileiro Feminino. Com um futebol combativo, inteligente e eficiente, as Brabas reafirmam sua hegemonia no futebol feminino, agora com seis títulos nacionais. O recorde de público na Neo Química Arena reflete o apoio incondicional da Fiel e a grandeza dessa equipe, que segue fazendo história no esporte. Um título que representa não apenas a vitória em campo, mas o peso da camisa e da tradição corintiana no futebol feminino.
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