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Alex Dinarte

Vitor Pereira em "A Evolução Interrompida"



Já são cinco empates consecutivos. O time que parecia demonstrar evolução sob comando da comissão técnica liderada por Vítor Pereira simplesmente estagnou. A evidente queda no rendimento do Timão em campo coloca diversas dúvidas na cabeça de cada corinthiana ou corinthiano que apoia o Coringão de modo incondicional. A passividade do time é tanta que nem a força da Fiel Torcida Corinthiana, sempre presente e lotando as arquibancadas, tem sido suficiente para ajudar a resolver o problema quando não dá na técnica.


A mesma técnica que está em falta até nos grandes nomes do atual plantel alvinegro. Os diferenciados não estão fazendo a diferença. Não me recordo de um bom jogo, por exemplo, de Renato Augusto sob comando da comissão técnica portuguesa. Fico até sem jeito de criticar craque, mas o momento requer. Muitas vezes atuando fora da posição original, o ídolo tem pouquíssimos lapsos de grande jogador há cerca de três meses. O nosso Willian, filho da dona Maria José, do Seu Severino e do Terrão corinthiano, apanha o jogo todo com conivência da arbitragem, mostra que pode desequilibrar como sempre fez, mas não tem conseguido auxiliar o setor ofensivo com suas jogadas. O decisivo Roger Guedes, atual bode expiatório de parte da torcida, teve poucas oportunidades de contribuir com o poderio ofensivo da equipe nas últimas partidas, após ser alvo de críticas públicas proferidas por quem deveria treinar o time e falar menos.


O incômodo apresentado por Vítor Pereira na última entrevista coletiva, concedida após o empate contra o América-MG pelo Campeonato Brasileiro, chamou atenção. Com respostas do tipo "isso eu já respondi na quinta-feira", "isso eu falei há pouco" e pausas longas para pensar no que dizer, o Mister demonstrou que não está à vontade. A tentativa de implantar um rodízio para poupar os atletas de uma carga excessiva de trabalho e assim formar dois times confiáveis, não está dando certo. O entrosamento fica comprometido pela falta de confiança que os atletas apresentam, afinal de contas não têm tempo para treinar as variações táticas e aprimorar os recursos técnicos. Parece até que a mensagem passada em bom português não é compreendida pelo grupo de trabalho. O time arame liso pouco agride a defesa dos adversários.


Há quem diga que o treinador não sabe o que é o Corinthians. Eu não seria tão taxativo, pode haver algum problema de adaptação normal para quem está apenas há três meses no Brasil, mas para gente do universo futebolístico como ele, sabe sim. Não adianta exigir que eles, profissionais, sejam como nós, os torcedores. No entanto, é necessário mudar. Não mais tanto no time como a comissão técnica vem fazendo. O Timão precisa de um padrão de jogo urgente. As experiências e constantes alterações não cabem para quem quer consolidar o trabalho no Brasil. Lembro do Flamengo do figurão português Jorge Jesus que sempre repetia o mesmo time sem o papo de poupar ou rodar o elenco, seja em jogos menos expressivos ou de grande importância. O trabalho deu tão certo que até hoje os rubro-negros pedem o regresso do portuga.


Longe de mim perseguir treinador ou pedir a cabeça a cada atuação abaixo do esperado. Todavia, é fundamental que os resultados de Vítor Pereira comecem a aparecer. A classificação capenga na segunda posição do grupo E da Libertadores e as últimas atuações no Campeonato Brasileiro fizeram ligar o sinal de alerta. Sem evolução não há paciência e nem dirigente que aguente. Torçamos, Fiel. Vai, Corinthians!


Foto 📷 Rodrigo Coca

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