Depois de uma temporada tão vencedora, como foi 2022, esse ano a expectativa era mais promissora ainda, mas ao que tudo indica vai acabando bem abaixo da expectativa, ao menos no quesito resultado.
O que muito ouvi nas entrevistas dos atletas do Corinthians Futsal após algumas partidas eram “vamos evitar que essa grande vitória vire euforia” ou “nem tudo está errado com essa derrota”. Olhando para trás e, principalmente nos dois últimos jogos de mata mata, Sorocaba pelo Paulista e Minas pela LNF, fica evidente que essa instabilidade foi o calcanhar de Aquiles do Timão.
Comparar com 2022 é inevitável, um ano supercampeão, em que manteve a mesma base de jogadores. Mas tiveram algumas saídas pesadas. Talvez, não sejam jogadores de um nível estrelado, só que a temporada mostrou que eram jogadores do dia a dia, do trabalho sujo, de chamar a responsabilidade e esfriar jogos que estavam muito quentes ou esquentar jogos ao feitio alvinegro.
Henrique, Alan (que acabou voltando) fizeram uma falta tremenda. O segundo acabou retornando, mas sofreu muito com a lesão do fim da ultima temporada e só deve voltar em 2024. Mas Henrique não conseguiu ser substituído a altura por Daniel Japonês. A contratação foi bem feita, um bom jogador, fez uma boa temporada em Joinville, teoricamente, supriria a saída do fixo campeão, mas na prática, nem mentalmente, nem tecnicamente mostrou seu melhor futsal o camisa 6 nesse ano.
Somado a isso, o timão sofreu com muitas lesões ao longo do ano. Alves, Luisinho, Lucas Martins, Tatinho, Sinésio (só foi relacionado uma vez), Alan, Sodré, enfim, muitas baixas que impediram esse time ter uma estabilidade, ganhar confiança e padrão de jogo.
E por fim, mas não menos importante. Uma das principais camisas da LNF, não pode manter com investimento de bloco intermediário. O projeto de futsal do Corinthians é um dos, senão o melhor, do Brasil, mas nem sempre a molecada vai segurar o rojão como em 2016 e 2022, o Timão precisa ser mais agressivo no mercado, deixar o elenco mais qualificado, até para os garotos que subirem terem um respaldo de um nível diferenciado.
O Esporte Terrestre do Corinthians faz há anos um grande trabalho, tem um modelo de gestão invejável, algo que é até dificil de ver dentro do clube, mas falta respaldo, da torcida e principalmente das gestões. O nome Corinthians tem que ser de primeira prateleira sempre, não só em momentos de superação.
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