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"Corinthians Mostra Luta, Mas Falha nas Finalizações e Sofre Empate contra a Ferroviária"




11 de maio de 2025, estádio Fonte Luminosa em Araraquara. As Brabas do Corinthians entraram em campo para enfrentar a Ferroviária pela 10ª rodada da fase de classificação do Campeonato Brasileiro. O duelo, um dos mais tradicionais e simbólicos do futebol feminino nacional, colocou frente a frente uma equipe corinthiana em retomada de forma contra uma Ferroviária embalada, vice-líder da competição até então.


O jogo veio na sequência de uma estreia dominante das Brabas no Campeonato Paulista — goleada por 4 a 0 sobre o Red Bull Bragantino na Fazendinha. Mas mesmo com a ótima atuação, o estádio vazio escancarou mais uma vez a sabotagem institucional: partida marcada para quarta-feira, às 18h, com transmissão restrita a canal pago. E a história se repetiu hoje. Clássico nacional, domingo à noite, ainda assim escondido da maioria da torcida. Enquanto isso, problemas extracampo seguem: bloqueio da Fazendinha para jogos noturnos, e a diretoria devendo premiação da Libertadores 2024. O jogo era importante, mas o contexto grita.


1° tempo de jogo

O Corinthians começou o jogo impondo ritmo forte, pressionando alto e forçando erros da Ferroviária logo nos primeiros minutos. As Brabas recuperavam a bola antes da linha do meio-campo, aceleravam as jogadas pelos lados com Jhonson e Jaqueline e finalizaram com perigo em pelo menos quatro oportunidades. Zanotti e Gi Fernandes também apareceram bem, e só não abriram o placar porque a goleira Luciana, como de costume, fez defesas espetaculares. Do outro lado, a arbitragem já mostrava a tendência da noite: ignorar faltas duras sobre as corinthianas, deixar o jogo parar sem necessidade e aplicar critérios frouxos — inclusive em um pênalti claro não marcado em Jaqueline.


Mesmo com o domínio corinthiano, a Ferroviária conseguiu equilibrar o jogo em alguns momentos, mas sem criar grandes chances. Quando ameaçou, errou feio nas finalizações ou parou na defesa bem posicionada do Timão. O time da casa abusou de artifícios para esfriar o jogo: simulações, lesões e paradas estratégicas — todas toleradas pela arbitragem. A intensidade do Corinthians se manteve até os acréscimos, com Dayana Rodrigues roubando bolas no meio e o time trocando passes com precisão, mas pecando na última decisão. Faltou o gol, mas sobrou imposição, entrega e futebol.


2° tempo de jogo

O segundo tempo começou equilibrado, com muita disputa física e transições rápidas entre intermediárias, mas sem clareza nas finalizações. O Corinthians manteve sua identidade: intensidade, busca pelo ataque e triangulações, mas viu a Ferroviária crescer no jogo e ameaçar com mais frequência. Mesmo assim, o Timão teve chances: Zanotti, Jhonson e Duda protagonizaram boas jogadas, mas pecaram na finalização ou pararam em mais uma atuação segura da goleira Luciana. Aos 25 minutos, em um dos raros vacilos defensivos, a Ferroviária aproveitou a sobra dentro da área para abrir o placar. Um golpe contra o fluxo do jogo. E como sempre, a arbitragem apareceu negativamente: ignorou um recuo claro e anulou de forma absurda um segundo gol legal da Ferroviária — o erro não alivia a atuação ruim da arbitragem como um todo.


Mesmo atrás no placar, o Corinthians não se desmontou. Manteve a posse, buscou alternativas com Eudimilla, Gi Fernandes e Jaqueline, que fez uma linda jogada individual driblando quatro adversárias. A falta de eficiência na última bola continuou sendo um obstáculo, até que, já nos acréscimos, Carol Nogueira finalizou e a bola desviou claramente na mão da zagueira da Ferroviária. Pênalti bem marcado e convertido com frieza por Vic Albuquerque, que selou o empate no apagar das luzes. O gol de empate foi justo diante do volume de jogo, mas o saldo final ainda deixa um gosto amargo: o time produziu para vencer, mas parou em seus próprios erros, na atuação segura da goleira adversária e na já tradicional complacência da arbitragem.


Avaliação individual

1 - Nicole: Muito pouco exigida ao longo do jogo, mas mesmo assim conseguiu comprometer. No primeiro tempo, arriscou um passe perigoso que poderia ter custado caro. No segundo, falhou feio ao rebater para o meio da área no lance do gol. Uma finalização, um gol. Não fez uma defesa relevante em toda a partida.

23 - Gi Fernandes: Constante e segura, foi uma das melhores em campo. Marcou firme, anulou o lado esquerdo da Ferroviária e ainda conseguiu apoiar com qualidade. Rara lateral que defende e ataca com o mesmo vigor. Não precisou de cobertura e ainda teve volume ofensivo.

5 - Thais Ferreira: Boa partida no geral, mas caiu de rendimento no segundo tempo. No início, cortou bem os avanços e foi firme nos duelos. Depois, deixou espaços e errou no posicionamento, o que ajudou a aumentar o risco defensivo.

20 - Mariza: Muito sólida no primeiro tempo, ajudando bastante na cobertura. No segundo, caiu fisicamente e foi mal no lance do gol por estar fora de posição. Ainda assim, se manteve combativa e mostrou disposição, mesmo quando sobrecarregada.

37 - Tamires: Uma das que mais trabalharam. Defensivamente foi exigida o tempo todo e respondeu bem na maior parte. Subiu menos ao ataque no segundo tempo para ajudar atrás, mas falhou em um bote no gol anulado, mostrando que a idade pesa na recomposição.

31 - Dayana Rodrigues: Dona do primeiro tempo com desarmes e domínio de meio-campo. No segundo, foi engolida pelo volume adversário, sempre marcando duas ao mesmo tempo. Lutou até onde o físico permitiu e saiu esgotada.

27 - Duda Sampaio: Boa atuação de quem tenta jogar e fazer jogar. Teve bons passes e visão de jogo, mas a parte defensiva pesou: deixou a Dayana sobrecarregada em diversos momentos. No ataque, apareceu em algumas boas combinações.

10 - Gabi Zanotti: Começou o jogo em ritmo alto, chegando bem no ataque e levando perigo. No segundo tempo, afundou junto com o time ofensivamente, ficando muito presa entre zagueiras. Saiu cedo por não conseguir manter a intensidade.

30 - Jaqueline: Participativa, útil e lutadora. Flutuou bem no primeiro tempo e ajudou muito na recomposição. No segundo, o físico cobrou: cansada, sumiu do jogo e teve dificuldades para finalizar. Mesmo assim, correu até o limite.

9 - Andressa Alves: Mais uma partida desperdiçada por má escalação. Corre o campo inteiro para suprir lacunas criadas pelo treinador e se distancia do local onde pode decidir. É uma estrela mundial sendo subutilizada. Saiu cedo, sacrificada pelo esquema tático.

40 - Jhonson: Uma das mais perigosas no primeiro tempo, com finalizações incisivas e bons dribles. No segundo, sumiu. Sempre com duas em cima, não teve espaço e foi anulada. Lutou, mas não teve como repetir a intensidade inicial.

17 - Vic Albuquerque: Apareceu pouco, mas foi decisiva. Bateu bem o pênalti e garantiu o empate. Nas jogadas com bola rolando, pouco fez. Ainda longe da forma ideal.

11 - Eudimilla: Mostrou disposição, tentou jogadas individuais, mas parou na forte marcação. Teve alguns lances promissores, mas não conseguiu ser efetiva.

94 - Ariel Godoy: Mais uma atuação apagada. Não apareceu no jogo, não participou com a bola e parece sempre se esconder da responsabilidade.

8 - Yaya: Entrou com a missão de manter o meio combativo, mas não conseguiu. Precisou se lançar mais ao ataque e deixou o setor aberto, permitindo maior controle da Ferroviária.

77 - Carol Nogueira: Teve presença ofensiva e participou da jogada do pênalti, mas ainda comete erros bobos que não condizem com o que já mostrou em outros tempos. Teve lampejos, mas ficou devendo.


Erros de Arbitragem

A arbitragem, em sua atuação ao longo da partida, foi simplesmente patética e teve um impacto decisivo no andamento do jogo. No primeiro tempo, houve claros erros que prejudicaram o Corinthians. Jogadoras corinthianas sofreram faltas que mereciam cartão amarelo, além de um lance em que deveria ter sido marcado um pênalti claro a favor do time. Para piorar, houve uma falta cometida por uma jogadora do Corinthians que merecia um cartão amarelo, o qual foi corretamente aplicado pela arbitragem, mas o saldo negativo foi considerável. Já no segundo tempo, os erros continuaram a se acumular, com a arbitragem deixando de marcar faltas evidentes e não aplicando as punições necessárias. Além disso, o jogo foi paralisado demasiadas vezes para atendimentos médicos, algo que esfriou ainda mais o ritmo do confronto, e a arbitragem se omitiu ao permitir esses momentos prolongados sem qualquer penalização. O erro mais gritante foi a anulação do gol legítimo da Ferroviária, que acabou prejudicando ambas as equipes.


Considerações Finais

O primeiro tempo foi um reflexo claro da entrega da equipe, que se mostrou forte, dedicada e bem posicionada em campo. As Brabas criaram boas jogadas, alternando entre táticas e técnicas, mas o que faltou foi a eficiência nas finalizações. Além disso, a equipe adversária fez o seu papel ao defender com competência, dificultando o trabalho ofensivo do Corinthians. Apesar de ter sido um jogo equilibrado, ficou evidente que a falta de precisão nos momentos decisivos impediu que o placar fosse favorável. O treinador, Lucas Piccinato, fez uma escolha inteligente ao manter o time focado, mas faltou ajustar certos detalhes, principalmente no que diz respeito ao posicionamento de Andressa Alves, que precisa atuar entre linhas, como fez de melhor na Europa no ano passado, e não como uma ponta.


No segundo tempo, o Corinthians não conseguiu manter o ritmo e viu a Ferroviária crescer. A equipe rival soube se posicionar bem e explorar os espaços deixados pela desorganização do time. Algumas mudanças feitas pelo treinador deixaram o time mais previsível e fácil de ser marcado, o que impactou diretamente no desempenho coletivo. A defesa, que havia melhorado ao longo do jogo, ainda cometeu erros cruciais, e a punição foi imediata, com o gol da Ferroviária. No entanto, é importante ressaltar a postura positiva do time, que mesmo com os erros, não se deixou abalar e continuou buscando o resultado até o último minuto. A equipe precisa corrigir esses detalhes, principalmente a concentração, mas mostrou que está em evolução e disposta a lutar em todos os momentos.

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